sábado, 25 de setembro de 2010

Ressurreição

Parece que toda a esperança é perdida, que a chama se "apaga". Bate aquele frio de congelar os ossos e dá um medo insano de se perder...se perder nesse vazio enorme dentro do peito.
Não entendo como isso acontece. Como uma criatura tão pequena pode ter dentro de si um vazio tão grande, com milhões de anos-luz separando uma extremidade da outra.
A gente sempre acha que depois do fim não tem mais nada. Bem, a vida acaba surpreendendo. É como dizem por aí, "o mundo dá voltas".
Quando menos se espera tudo acontece de novo, é como uma ressurreição; só pra mostrar que o fogo nem sempre apaga completamente, sobra aquela centelha de esperança que pode nos salvar do tal vazio infinitamente grande e do frio que congela os ossos.
A centelha pode virar chama de novo, maior e mais quente até, pra aquecer a vida e fazer a gente ser feliz.
É...o amor tem dessas coisas.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Agora é tempo de pertencer.*


* "O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. (...) Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa."
(Clarice Lispector)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"I hate the feeling when you know you're going to cry. Your lips quiver, you heart pounds, your eyes sting. You face clanches up, and then the tears start to fall.
You can't stop them, no matter how hard you try. And it's not little tears that slide down your cheeks, it's big tears that make your eyes red and puffy, your face tear-stained and your body heave.
You can't stop the tears, and as you lie on your bed alone, you think of what could you have possibly done to stop the pain.
Stop the suffering.

Stop this, stop what you're going through.

But there's nothing you can do, nothing anyone can say. It's the kind of tears and pain that needs to be cried out, not talked out. And you know that you're hurting people you love, but you can't hept it.
And sometimes you just don't care."

This is how I feel. 

Fonte: Tumblr

terça-feira, 7 de setembro de 2010

É, eu não tenho nada pra fazer, ou não tenho vontade.
Estou aqui nesse lugar meio-frio-meio-quente tentando escrever e te dizer todas as coisas que simplesmente não podem ser ditas porque nem eu mesma sei bem o que é.
Tem só esse...esse montão de coisas, essa avalanche de pensamentos aqui na minha cabeça, mas eu acho que não vale a pena.
Não vale a pena porque talvez a minha percepção das coisas, que é sempre tão boa, esteja com defeito. Caiu alguma engrenagem, ou então emperrou e precisa de óleo. Ou vai ver que alguma coisa fez travar. E continua fazendo.
Pode ser só a pranóia. 
Aquela tendência que eu tenho de achar que tem alguma coisa errada quando tudo está muito bem sabe? Como se eu não conseguisse me contentar com a felicidade. Pra mim é sempre uma pseudo-felicidade.
Mas sei lá....acho que é normal dar esse medo todo. Isso, é isso.
Medo.
Deve ser essa a palavra, deve ser esse o sentimento.
Sabe aquelas geleiras enormes que parecem que vão sempre ficar ali, seguras, rígidas? Parece que elas racham mesmo, os ventos mudam o clima muda....mas....será que a minha geleira vai rachar também? É esse o medo. Não dá pra ser cem por cento segura quanto a isso.
No fim das contas tudo se trata daquela palavra de quatro letras.
Se é real? Claro, sem sombra de dúvidas.

Tá, tudo gira em torno da minha posição na história.
Eu não quero ser a que vai estar sempre aqui, não importa o que aconteça., embora eu realmente vá estar. Sabe? Aquela coisa segura, aquela coisa que sempre vai ter se tudo der errado. Não quero ser a segunda opção. Mas também não quero não ser. Não quero ser simplesmente nada. Taí a contradição, eu quero ser!
Eu quero fazer o teu coração bater rápido de excitação, eu quero ser a pessoa que te deixa desse jeito maluco e agitado que ficas quando estás extremamente feliz. Eu quero ser o teu jogo, embora seja um tipo de jogo que tu já ganhaste, porque eu sou tua. Quero te fazer sentir como uma criança que ganha um brinquedo novo, mas sem eu ser brinquedo e sem me deixares de lado depois.
Quero ser a pessoa que te faz escrever cartas que nunca vais entregar, reclamando de mim, ou dizendo o quanto me amas, sei lá, esse é o tipo de coisa que as só as pessoas que se importam fazem - sinceramente? aquele papo de pena não existe, isso é aquela expressão em inglês que eu adoro "care about"-. Quero que eu seja assunto das tuas conversas com teus amigos.
Não quero ser só o amor maduro e bem construído ao longo do ano. Eu quero mais.
Vai ver que é esse o problema.
Ou vai ver que é só ciúme. Vai ver que é só insegurança. 
Mas um dia, quem sabe, teu coração ainda vai te trazer pra mim, cem por cento pra mim.
Eu tenho paciência pra esperar.