amor, me dá de presente o teu dia
só um dia
sê só minha, mata essa saudade que me afoga diariamente
sorri desse jeito que faz meu coração transbordar todo esse amor que tá aqui guardado,
e que é teu
me prende com o teu olhar de menina feliz nesses olhos de aparência triste
me prende
me prende
me (a)prende
de todo jeito que souberes - todo jeito
só pra garantir
um dia,
pra eu te cobrir de beijos
e carinhos
infinitos.
in
fi
n
i
t o s . . . .
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
"Toco a sua boca com um dedo, toco o contorno da sua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se, pela primeira vez, a sua boca entreabrisse, e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que minha mão escolheu e desenha no seu rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade, eleita por mim para desenhá-la com minha mão em seu rosto, e que, por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a sua boca, que sorri debaixo daquela que minha mão desenha em você. Você me olha, de perto me olha, cada vez mais de perto, e então brincamos de ciclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, se aproximam uns dos outros, sobrepõe-se, e os ciclopes se olham, respirando confundidos, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem, com um perfume antigo e um grande silêncio. Então as minhas mãos procuram afogar-se no seu cabelo, acariciar lentamente a profundidade do seu cabelo, enquanto nos beijamos como se estivéssemos com a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragrância obscura. E se nos mordemos, a dor é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu sinto você tremular contra mim, como uma lua na água."
(Júlio Cortázar)
domingo, 23 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
quero te aconchegar
isso mesmo: a-con-che-gar
bem aqui nos meus braços, no meu colo
como uma coisinha pequena que precisa de proteção.
e precisa.
como quem precisa de chão;
mais uma vez: pre-ci-sa.
e de-gus-tar teu amor
como degusto as palavras
e passar horas discutindo algo como
"somos são tão diferentes em idéias memórias idade etecetera nunca daremos certo juntas mas puxa eu te amo tanto...!"
não é demais querer pra sempre.
é?
isso mesmo: a-con-che-gar
bem aqui nos meus braços, no meu colo
como uma coisinha pequena que precisa de proteção.
e precisa.
como quem precisa de chão;
mais uma vez: pre-ci-sa.
e de-gus-tar teu amor
como degusto as palavras
e passar horas discutindo algo como
"somos são tão diferentes em idéias memórias idade etecetera nunca daremos certo juntas mas puxa eu te amo tanto...!"
não é demais querer pra sempre.
é?
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