[A flor que o meu amigo mais fofo e que escreve bem, o João, me deu e um dos poemas que ele escreve. Não tenho nada pra dizer hoje mesmo....]

"Eu não sou nada durante uma semana
depois passa, enquanto todo o resto emana
a semana some, e eu paro
eu sorrio e paro

aí ela vem, e trás consigo o sorriso que eu larguei por aí
eles sentem, atrás de todos os castigos que eu apaguei alí, ó
bem alí, onde tomamos banho de chuva pela primeira vez
desde as mãos tremendo ao vermelho posto que, por sua vez,
me fez parar

eu vou te mandar uma mensagem pra ser lida ao público
e nem vais notar até gritarem teu nome
eu não ligo quanto ao ser estúpido
mas dedico, humildemente, com esse pronome.

Moça.

O bom é que eu não me perco, nem em infinito, nem no presente
não me perco no mal achado pelo fato de não esquecer do meu passado
eu não respeito, não iludo, não aceito pelo fato de não ser decente
e indecente é aquele que não acredita que se perde coisa em mal olhado

não creio que a vida seja simples quanto mais sintetizada for
não creio que as tulipas amarelem do roxo assim
não aceito que o sol se ponha mesmo depois de se por
não aceito a derrota mesmo ajoelhado, não aceito
e fim.

Eu não quero aceitar o fato de libertar as minhas dores pra voarem
eu não quero crer porque deus te faz de vez enquando só pra ires
de sete em sete, e sentires o quanto me amas enquanto invadem
nossos lares com o amor que eu tenho ao ver o duplo arco-ires."
(João Alves)