(M. Gadu)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Altar particular
(M. Gadu)
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
08/11/10 (caderno)
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
"(…) e me dá uma saudade irracional de você. Uma vontade de chegar perto, de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros, quem sabe só olhar estrelas… dizer que te considero - pode ser por mais um mês, por mais um ano, ou quem sabe por uma vida - e que hoje, só por hoje ou a partir de hoje (de ontem, de sempre e de nunca), é sincero."
Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Os "sobreviventes".
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Então...
sábado, 25 de setembro de 2010
Ressurreição
terça-feira, 21 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
You can't stop the tears, and as you lie on your bed alone, you think of what could you have possibly done to stop the pain.
Stop the suffering.
Fonte: Tumblr
terça-feira, 7 de setembro de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Re(a)mar
Remar.
Re-amar.
Amar."
terça-feira, 24 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
06/07
Isso que é ser feliz, deixa eu aproveitar esse momento e andar por aí com todas as caras mais bobas que eu sei fazer.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
Afago.
teus cabelos formam uma parede que me protege do mundo, pra que eu possa apenas te olhar e nada mais.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
E bem sei que não gostas dessa....
Guarda tanto amor
O amor que já não existe
Eu bem que avisei, vai acabar
De tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar
Agora não sei como explicar
Lá fora, amor
Uma rosa morreu
Uma festa acabou
Nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só C não viu"
sábado, 12 de junho de 2010
12
sexta-feira, 11 de junho de 2010
- V -
Let me get what I want
Lord knows, it would be the 'first' time"
terça-feira, 8 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
O fabuloso....
- Ela parece distante...talvez seja porque está pensando em alguém. - Em alguém do quadro? - Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos. - Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes. - Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros. - E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem? |
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre."
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Ontem senti teu perfume
segunda-feira, 17 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
Bio
sábado, 8 de maio de 2010
Céu.
Céu tão imenso e infinito que abriga milhões de estrelas, luzes e mistérios!
E dá a mais perfeita sensação de cair...sim cair! Cair para cima! Cair e mergulhar numa nuvem, ou cair para sempre, sempre, sempre....e não chegar a lugar algum.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Ausência
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada."
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Além do Ponto
sexta-feira, 23 de abril de 2010
- IV -
quarta-feira, 21 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
Para:
'Eu preciso aprender a só ser'."
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Carta.
Tem uma outra coisa que deve ser inerente a ti, não sei, mas sempre queres definir as coisas, ou pelo menos na maioria das vezes queres. Mal de filósof? Talvez....
Só não te define, nem tenta fazer isso, quem se define se limita e tu és a pessoa menos limitada que eu conheço. Acho que posso dizer que és infinita (essa palavra se emprega aqui?). Além do mais tu és uma pessoa extremamente....inefável. És inefável, nenhuma palavra exprime o quanto és encantadora. Tudo contigo é inefável, indizível, inenarrável....e mais quantos sinônimos quiseres.
Uma "metamorfose ambulante" é o que és, isso te faz mais bonita ainda. E se isso te faz ser feliz, então faz essa metamorfose, muda! Só não muda de mim."
segunda-feira, 12 de abril de 2010
1º parágrafo
domingo, 11 de abril de 2010
- III -
Peço apenas que te aceites
sábado, 10 de abril de 2010
pra quê se esconder?
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
E agora está de bem."
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Visita
Eu gostaria de ficar para sempre ali, parado naqueles degraus gastos, sentindo as sombras se adensarem nojardim que ficava logo após aqueles degraus onde eu pisava agora, estendidos até o portãozinho enferrujado que há pouco eu abrira, ouvindo os rumores da rua coados pela espessa folhagem, olhando seu rosto envelhecido e doce, com os cabelos presos na nuca e um velho camafeu sobre a gola de renda, tudo um pouco antigo, como se ela gostasse de tocar piano quando entardecia, bebericando qualquer coisa leve como um chá de jasmins, enquanto as sombras na escada ficavam mais e mais densas, até que os ruídos das crianças fossem amortecendo nas calçadas e de repente ela percebesse ter ficado completamente no escuro, apesar das luzes da rua refletidas com um brilho frio nos cristais empoeirados do armário, e então.
Então ela me olhava com seus olhos gentis acostumados à sombra e talvez não distinguisse bem meus contornos contra a rua ainda batida de sol, mas não fiz um movimento antes de perceber que seus lábios abriam-se amáveis, como num sorriso, um sorriso antigo, desses dirigidos a um fotógrafo de aniversário, e para não perturbá-la disse apenas que queria ver o quarto dele, e achei difícil dizer qualquer coisa, e não consigo lembrar se realmente disse ou apenas meti a mão no bolso para mostrar um amassado recorte de jornal, sem dizer nada, e então o seu sorriso se alargasse mais, compreendendo, mas ainda assim discreto, e ela afastasse lentamente o corpo como dizendo que estava às ordens e depois me conduzisse pelo corredor silencioso e atapetado e eu visse os retratos dos velhos parentes mortos dispostos pela parede e juntando ao acaso os olhos claros de um, o vinco no canto da boca de outro, a mecha rebelde no cabelo de um terceiro, o ar solitário de um quarto
— e antes que ela se detivesse aos pés da escada, os dedos da mão esquerda postos sobre o corrimão branco, um pouco espantada com a minha demora —, mas antes disso eu já tivesse tido tempo suficiente para recompor o rosto dele, traço por traço de seus velhos parentes mortos, e como uma garra áspera me apertasse então a memória e para não sufocar eu olhasse rapidamente a salinha com móveis de madeira e palha e visse a um canto o piano entreaberto com a xícara de chá de jasmins e um fino fio de fumaça ainda subindo e depois.
E depois sorrisse para ela, também amavelmente, e subisse devagar a escada, acompanhando o ritmo de seus passos, e visse seus sapatos de saltos grossos, e desviasse o olhar para minha própria mão, tão branca quanto o corrimão da escada, e voltasse a mesma garra áspera na minha garganta e pensasse, então, pensei nos dedos dele, todos os dias, fazia tanto tempo, desbravando o mesmo caminho pelo corrimão empoeirado, sentindo o vago cheiro de mofo se desprender de todos os cantos e novamente parasse, opresso, e novamente ela me acudisse, à porta do quarto, dizendo em voz baixa, tão baixa que tento lembrar se ela realmente chegou a dizer alguma coisa como: era aqui que ele morava: e abrisse a porta com seus gestos lentos e acendesse a luz e então.
Então julguei ver nos olhos dela um brilho fugitivo de lágrima muitas vezes contida, e antes de entrar pensei ainda, quase ferozmente, que bastava voltar as costas e descer correndo as mesmas escadas, sem tocar no corrimão, passar pela porta entreaberta da sala sem olhar para o piano, atravessar o corredor sem erguer os olhos para a galeria de retratos e alcançar a porta carcomida e novamente o jardim e novamente abrir o portãozinho enferrujado e sair para a rua quente de sol e de vida, mas.
Mas sem fazer nenhuma dessas coisas, desviar-me de seu corpo frágil e penetrar no quarto e saber, então, que já não poderei dar meia-volta para ir embora e.E dentro do quarto, olhar para os livros desarrumados nas prateleiras, a cama com os lençóis ainda fora do lugar, como se há pouco alguém tivesse se erguido dali, e uma reprodução qualquer na parede, talvez uma figura disforme de Bosch que mais tarde eu olharia com atenção, tocando talvez, talvez tocasse no papel amarelado e sorrisse pensando em todos os monstros que ele carregava consigo sem jamais mostrá-los a ela, que dizia não ter tocado em nada, toda de preto, apenas aquele camafeu de marfim no pescoço, e eu pensasse em prendê-la um momento mais até que ela tocasse com os dedos da cor do camafeu nos veios duros da porta e não dissesse nada, como se tudo em volta se obscurecesse e de repente apenas aquele movimento dos dedos sobre os veios duros da madeira da porta tivesse vida, embora fosse morte, e também essa coisa que chamamos saudade e que é preciso alimentar com pequenos rituais para que a memória não se desfaça como uma velha tapeçaria exposta ao vento.
Ela já não sorri. Apenas diz que é melhor que eu fique sozinho, e fecha a porta, e se vai, depois, deixando-me enredado num movimento que preciso escolher, porque não é possível permanecer para sempre estático no meio do quarto, atento apenas ao rápido e confuso desenrolar da memória.
Mas nada faço.
Permaneço em pé no meio do quarto e a porta se fecha sobre mim. E vejo os telhados onde jogávamos migalhas de pão para os passarinhos, escondidos para não assustá-los, até que eles viessem, mas não vinham nunca, era difícil seduzir os que têm asas, já sabíamos, mas ainda assim continuávamos jogando migalhas que a chuva dissolvia, intocadas.
Não era difícil vê-lo ali, e ouvir seus passos longos subindo de dois em dois os degraus para abrir a porta e ficar me olhando sem dizer nada, até que nos abraçássemos e eu sentisse, como antigamente, a mecha rebelde de seu cabelo roçar-me a face como uma garra áspera e então soubesse nada ver, nada ouvir, e movimentasse meu corpo parado no meio do quarto para a cama sob a janela e mergulhando a cabeça nos lençóis desarrumados procurasse uma espécie de calor, imune ao tempo, às traças e à poeira, e procurasse o cheiro dele pelos cantos do quarto, e o chamasse com dor pelo nome, o nome que teve, antigamente, e nada encontrasse, porque tudo se perde e os ventos sopram levando as folhas de papel para longe, para além das janelas entreabertas sobre o telhado onde não restam mais migalhas para os pássaros que não vieram nunca.
Mas não choro, mesmo que de repente me perceba no chão, buscando uma marca de sapato, um fio de linha ou de cabelo, os cabelos dele caíam sempre, ele os jogava sobre os telhados pelas tardes, repetindo nunca mais, nunca mais, e acreditávamos que um dia seríamos grandes, embora aos poucos fossem nos bastando miádas alegrias cotidianas que não repartíamos, medrosos que um ridicularizasse a modéstia do outro, pois queríamos ser épicos heróicos românticos descabelados suicidas, porque era duro lá fora fingir que éramos pessoas como as outras, mas nos cantos daquele quarto tínhamos força sangue esperma, talvez febre, feito tivéssemos malária e delirássemos juntos navegando na mesma alucinação que a matéria fria da guarda da cama não traz de volta, porque tudo passou e é inútil continuar aqui, procurando o que não vou achar, entre livros que não me atrevo a abrir para não encontrar seu nome, o nome que teve, e certificar-me de que a vida é exatamente esta, a minha, e que não a troquei por nenhuma outra, de sonho, de invento, de fantasia, embora ainda o escute a dizer que compreende que alguns outros devem ter sentido a mesma dor, e a suportaram, mas que esta dor é a dele, e não a suportaria, e saber que tudo isso se perdeu como o calor do chá de jasmins esquecido sobre o piano, e então.
E então tornar-me duro e pensar que tudo não passou de uma vertigem, e recusar o testemunho dolorido da memória e a mesma luz roxa de entardecer atravessando os verdes e os vidros para projetar sombras disformes na parede branca, e sacudir os ombros como se fosse real toda a poeira que existe sobre eles, e quase poder ver os pequenos átomos brilhantes dançando um pouco no ar antes de se depositarem sobre o tapete, os livros, a cama desfeita, e depois.Depois apagar a luz e descer outra vez pelos degraus, mas não olhar para os dedos quase confundidos com o branco da escada, e passar pela sala e falar com ela sem que me veja e atravessar o corredor e vê-la junto ao piano e atravessar a porta e sair para os degraus e ultrapassar o jardim como se pudesse esquecer tudo que não vi, mas um momento antes de abrir o portão olhar para trás e fosse, então, como se a visse tão diluída que não soubesse se está realmente ali e perguntasse a ela qualquer coisa, em voz tão alta que as pessoas na rua parassem para olhar e eu tivesse certeza de que ela me escuta, que não está sentada junto ao piano, com o chá esfriando na sala escura e roxa, tão alto que a obrigue a voltar-se e encarar-me e dizer duramente que sim, que não, que tudo isso não é verdade, que todos nós, eu, ela, ele, todos os degraus e todas as sombras e todos os retratos fazemos parte de um sonho sonhado por qualquer outra pessoa que não ela, que não ele, que não eu.
Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 31 de março de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010
sábado, 27 de março de 2010
- II -
Quero ouvir tua voz, afagar tuas tranças, beijar teus lindos olhos...
Burcar-te-ei que da tua leveza tiro meu ar, te respiro, te absorvo.
Me espera amor, e segura minha mão, segura forte,
Que o pra sempre não é pra sempre,
Mas com tua mão na minha mão, tua pele na minha pele,
Viveremos nosso pedaço de infinito.
- I -
Sem mais hêsitos, sem medo, sem culpa
Sem desculpa , pois tu amor, és minha razão.
Não temas pois a vida nos reserva felicidade;
Felicidade daquelas tardes que me perdia nos teus olhos, no teu cheiro....
Não saias mais da minha vida, mas vem,
Vem que te aceito de volta, tudo será como antes,
Que dentro de mim nada mudou.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Com todas as tensões, o amor, o chove e não molha, as gargalhadas, as tiradas...queria que durasse até amanhã. Queria que durasse pra sempre se possível.
O mais engraçado é que a beleza toda é diretamente proporcional à impossibilidade da união, o que faz a tentação ser enorme.
A atração começa no olhar, aumenta no toque e não termina nem com a distância. É uma corrente elétrica violenta, é forte, é inexplicável. Inebriante. Inefável.
Dá vontade de absorver a pessoa, de colocá-la no bolso pra levar a todos os lugares, de abraçar e não soltar nunca mais...!
Agora é só fazer a contagem regressiva pra próxima tarde perfeita. Até lá, todos os altos e baixos que tenho direito, vai dar pra fazer meu próprio mar de lágrimas.
quinta-feira, 25 de março de 2010
O fato é que a história toda é narrada por ele, o que pode significar que nada do que ele achava, como a traição de Capitu, de seu amigo Escobar e a desconfiança de que Ezequiel não era seu filho, tudo isso poderia apenas ser fruto da imaginação dele. Quem prestou atenção na história percebeu que desde o início da narrativa ele se mostrou inseguro e ciumento.
Pois bem, eu sou fã apaixonada da Capitu e me identifico com Bentinho.
Outro dia me disseram: "Não é a Capitu, é o Bentinho!" Claro, claro que sim! Bentinho faz a Capitu ser tão bonita e interessante. Ele que faz nós nos apaixonarmos pelos "olhos de cigana oblíqua e dissimulada", e por tudo o mais.
Foi como eu disse...hum...ontem? 'Sempre tem dessas coisas quando a gente ama demais alguém', assim foi quando Bento amou Capitu, assim acontece porque eu...
"Aí vindes outra vez inquietas sombras!"