terça-feira, 7 de setembro de 2010

É, eu não tenho nada pra fazer, ou não tenho vontade.
Estou aqui nesse lugar meio-frio-meio-quente tentando escrever e te dizer todas as coisas que simplesmente não podem ser ditas porque nem eu mesma sei bem o que é.
Tem só esse...esse montão de coisas, essa avalanche de pensamentos aqui na minha cabeça, mas eu acho que não vale a pena.
Não vale a pena porque talvez a minha percepção das coisas, que é sempre tão boa, esteja com defeito. Caiu alguma engrenagem, ou então emperrou e precisa de óleo. Ou vai ver que alguma coisa fez travar. E continua fazendo.
Pode ser só a pranóia. 
Aquela tendência que eu tenho de achar que tem alguma coisa errada quando tudo está muito bem sabe? Como se eu não conseguisse me contentar com a felicidade. Pra mim é sempre uma pseudo-felicidade.
Mas sei lá....acho que é normal dar esse medo todo. Isso, é isso.
Medo.
Deve ser essa a palavra, deve ser esse o sentimento.
Sabe aquelas geleiras enormes que parecem que vão sempre ficar ali, seguras, rígidas? Parece que elas racham mesmo, os ventos mudam o clima muda....mas....será que a minha geleira vai rachar também? É esse o medo. Não dá pra ser cem por cento segura quanto a isso.
No fim das contas tudo se trata daquela palavra de quatro letras.
Se é real? Claro, sem sombra de dúvidas.

Tá, tudo gira em torno da minha posição na história.
Eu não quero ser a que vai estar sempre aqui, não importa o que aconteça., embora eu realmente vá estar. Sabe? Aquela coisa segura, aquela coisa que sempre vai ter se tudo der errado. Não quero ser a segunda opção. Mas também não quero não ser. Não quero ser simplesmente nada. Taí a contradição, eu quero ser!
Eu quero fazer o teu coração bater rápido de excitação, eu quero ser a pessoa que te deixa desse jeito maluco e agitado que ficas quando estás extremamente feliz. Eu quero ser o teu jogo, embora seja um tipo de jogo que tu já ganhaste, porque eu sou tua. Quero te fazer sentir como uma criança que ganha um brinquedo novo, mas sem eu ser brinquedo e sem me deixares de lado depois.
Quero ser a pessoa que te faz escrever cartas que nunca vais entregar, reclamando de mim, ou dizendo o quanto me amas, sei lá, esse é o tipo de coisa que as só as pessoas que se importam fazem - sinceramente? aquele papo de pena não existe, isso é aquela expressão em inglês que eu adoro "care about"-. Quero que eu seja assunto das tuas conversas com teus amigos.
Não quero ser só o amor maduro e bem construído ao longo do ano. Eu quero mais.
Vai ver que é esse o problema.
Ou vai ver que é só ciúme. Vai ver que é só insegurança. 
Mas um dia, quem sabe, teu coração ainda vai te trazer pra mim, cem por cento pra mim.
Eu tenho paciência pra esperar.



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