quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sobre perfume e cigarros.

"Embriagava-se com aquele cheiro. Era seu ar; sem ele não poderia viver.
Leve cheiro doce de cigarro, ou talvez cheiro doce de perfume misturado ao cigarro. Não sabia ao certo. Sabia apenas que aquilo a deixava com um frio na barriga, eriçava-lhe os pelos, como um convite.
Era como a melhor das bebidas pedindo para ser tomada, ou o melhor dos cigarros pedindo para ser fumado...a pele pedia o toque, a boca pedia o beijo. O sorriso, o olhar...? Icógnitas.
E diante de tantos n's, de tantas interrogações a única certeza que tinha era que sempre poderia ter, ao menos, o cheiro. O cheiro doce de cigarro, o cheiro doce de perfume com cigarro."

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