segunda-feira, 11 de maio de 2015

ruminações (23.04.2015)

Queria não estar com esse puta bloqueio pra escrever porque a cada minuto que passa só consigo pensar no quão fodida estou. Nas bads, nas mulheres que só pisam no meu coração, na mulher que não sai da minha cabeça... parece mesmo que todas as minhas tretas mentais só se resumem a mulheres. Queria descobrir qual a origem de toda essa necessidade de ter alguém pra usar de muleta emocional, porque só pode ser isso. Supõe-se que uma pessoa deveria estar completa sozinha não é? Que outra pessoa apenas serviria pra somar. Eu não me sinto como uma pessoa inteira, talvez por isso as coisas nunca dêem certo. É preciso estar inteiro e em paz pra que alguém faça parte de nós, um anexo de um trabalho pronto, não o capítulo que falta. Isso soa mal né? Como se não fosse importante. Mas é importante. Não vou me estender nas metáforas porque nunca consigo não me perder nelas.
Queria descobrir um método de remoção, não de pessoas nem de histórias, mas de sentimentos. Já pensou o quão legal seria poder deletar o que se sente por alguém no momento presente, mas sem jamais esquecer do que se sentiu um dia, nem do que se viveu? Ter pra sempre o carinho guardado no peito, mas sem a parte da dor.
Meu carinho tá guardado aqui, sempre vai estar, mas essa dor cansa. Poxa... não estou achando os artifícios necessários pra deixar de achar ela tão linda e como seria mais linda ainda se fosse minha. Se beijasse a minha boca. Se me olhasse de novo com aqueles olhos, daquele jeitinho só dela, olhinho meio cansado, meio chapado, extremamente profundo, absurdamente misterioso. Quantos segredos esconde por trás destes olhos?

Particularmente eu só gostaria de tê-la perto de alguma forma. Que as conversas não fossem tão breves, que os assuntos fluíssem como era no início. Um oceano interminável de coincidências e de identificação.

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